sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

É Natal! Um menino nasceu, um filho nos foi dado(Is 9, 5).



Estamos nos aproximando de mais um final de ano, tantas foram nossas expectativas para 2012, seja em nossa vida familiar, seja em nossa vida comunitária, de modo especial em nossa catequese.


Talvez durante o ano, o desânimo pode atrapalhar nossa caminhada, dificuldades apareceram: família, trabalho, catequizandos, irmãos de caminhada. Mas, nestes momentos de dificuldades, e na certeza de que Deus habita em nós, é que nos faz olhar para o Alto e agradecer ao Senhor por tantas graças derramadas em nossas vidas e superar as diversidades do dia-a-dia.


As graças do Menino Jesus – O Senhor que se faz uma frágil e indefesa criança - só podem nos envolver se realmente abrirmos nossos corações ao mistério da caridade. O Natal deve suscitar em nós o amor que renova todas as coisas.


Possamos, portanto, celebrar em nossas comunidades esse Mistério da Encarnação. Que a nossa participação na liturgia seja consciente, piedosa e repleta de admiração pelo mistério celebrado.


Que no momento da proclamação do nascimento do Menino-Deus na santa missa, as suas mãozinhas possam derramar sobre nós a sua luz, alegrias e bênçãos.


Desejamos a todos um Feliz e Santo Natal!


Equipe Regional
Danilo Jose de Almeida

domingo, 2 de dezembro de 2012

DIOCESE DE LIMEIRA –1º DOMINGO DO ADVENTO

DIOCESE DE LIMEIRA –1º DOMINGO DO ADVENTO
02 de DEZEMBRO de 2012


“A vossa libertação está próxima”


Leituras: Jeremias 33, 14-16; Salmo 25 (24), 4bc-5ab.8-9.10.14 (R/ 1b); Primeira Carta de São Paulo aos Tessalonicenses 3, 12-4,2; Lucas 21, 25-28.34-36.

COR LITÚRGICA: ROXA
Anúncio do Novo ano Litúrgico
Começa a tocar o sino anunciando um novo ano litúrgico. Uma pessoa coloca-se no centro do presbitério, se possível vestindo uma roupa branca, ou uma veste branca. Durante o anúncio só se ouve a voz do anúncio. Depois do anúncio inicia-se o refrão orante.

Anúncio: Bem vindos irmãos e irmãs!
Iniciamos neste Domingo mais um Ano Litúrgico. O seu primeiro momento chama-se Advento. Tempo de espera e de preparação para o encontro com o Senhor que virá em sua 2ª vinda, e memorial do Natal, quando veio na 1ª vinda para nos salvar.

1. Situando-nos
Advento, ou o “dia da vinda”, é um tempo de preparação para as festas epifânicas, tem como tarefa preparar-nos para receber o Senhor que vem e se manifesta a nós. Sendo assim, a manifestação do Senhor tem dois aspectos.

A sua manifestação em nossa carne ao nascer, que constitui sua primeira vinda;
A sua manifestação em glória e majestade no final dos tempos, que constitui sua segunda vinda.

Estes dois aspectos do tempo do advento ficam muito claros na oração do prefácio I: “Revestidos da nossa fragilidade, ele veio a primeira vez para realizar seu eterno plano de amor e abrir-nos o caminho da salvação. Revestido de sua glória, ele virá uma segunda vez para conceder-nos em plenitude os bens prometidos que hoje, vigilantes, esperamos”.

O tempo do advento terá, por conseguinte, esta dupla estrutura: será advento escatológico e advento natalício. O primeiro compreende o tempo que vai do primeiro domingo do advento ao dia 16 de dezembro inclusive; o segundo constitui-se pelas semanas de 17 a 24 de dezembro que propõem a preparação mais imediata para a festa do natal.

“A celebração da vinda do Senhor no tempo do advento vem ao encontro de nossa busca fundamental. Somos seres de desejo, inacabados, sempre ‘em devir’, assim como a realidade social e cósmica da qual fazemos parte. Elementos rituais próprios deste tempo litúrgico expressam e nos ajudam a incorporar esta dimensão do mistério de nossas vidas: leituras bíblicas, cantos, a prece ‘Vem Senhor Jesus’, a cor roxa ou rosada, a coroa de advento, as antífonas do Ó. Ouvindo a promessa da plena realização do Reino de Deus, cresce a expectativa e podemos afirmar confiantes: ‘um outro mundo é possível’. Cheios de esperança suplicamos: ‘Venha a nós o vosso Reino’ a atendemos ao convite para a vigilância e a espera ativa, preparando os caminhos do Senhor” (cf. Texto elaborado por Ione Buyst para a Semana de Liturgia, realizada em outubro de 20202, em São Paulo).

Neste primeiro domingo, somos convocados a atitudes bem concretas diante da vinda do Filho do Homem: levantar, erguer a cabeça, tomar cuidado, ficar atentos. Ou seja, é preciso ficar de pé diante do Filho do Homem.

2. Recordando a Palavra
O texto do evangelho de Lucas está situado no final do ministério de Jesus, em Jerusalém, antes de sua paixão. O Messias sofredor morre na cruz, por causa de sua atuação, em favor das pessoas oprimidas. Mas vence as forças da morte, através da ressurreição. Assim, a vinda gloriosa do Filho do Homem é descrita à luz do mistério pascal para iluminar a caminhada dos que continuam a missão libertadora.

A vinda do Senhor faz renascer a esperança da salvação plena, da qual já participamos por sal entrega amorosa na cruz. A linguagem profética e apocalíptica descreve a ação contínua de Deus na história. Os sinais que acompanham a manifestação da salvação (21, 25-28) têm sentido cristológico, apesar da referencia à destruição de Jerusalém durante a guerra judaica (66-73 d.C).

A expectativa da vinda gloriosa do Senhor liberta do medo, pois é anúncio de vida em plenitude, de libertação de todas as formas de opressão. É apelo a continuar a proclamação da salvação em meio às adversidades: “Levantai e erguei a cabeça, porque a vossa libertação está próxima” (21,28). A palavra ilumina a permanecermos firmes no caminho do Senhor, seguindo com fidelidade o seu projeto.

É necessário permanecer vigilantes e preparados (Lc 21, 34-36), como o povo do êxodo, para colher a salvação de Deus (Ex 12,11). A exortação é para “ficar atentos e orar em todo momento”, permanecendo acordos com boas obras. A vigilância e a oração constantes são atitudes de esperança, que possibilitam discernir os sinais da presença do Senhor nos acontecimentos de cada dia.

O profeta Jeremias, na primeira leitura, anuncia a realização da promessa messiânica da salvação. A situação sofrida do povo, após a destruição da cidade de Jerusalém e a deportação para a Babilônia, será transformada. Deus manifestará sua fidelidade, fazendo surgir um “rebento”, um rei que fará justiça e estabelecerá o direto na terra em favor da população. Todos viverão em paz e segurança e a nova cidade será chamada “Iahweh, nossa justiça”.

O salmo 25 (24) entrelaça suplicas individuais com reflexões sapienciais em forma de acróstico. Os versículos do texto da liturgia de hoje ressaltam o tema do caminho do Senhor. O salmista ora confiante ao Pai, com o desejo de ser instruído em seus caminhos. Mediante o amor, a justiça, a fidelidade, faz a experiência da intimidade com Deus que “dá a conhecer sua aliança”.

Paulo na segunda leitura, invoca o auxilio de Deus sobre os tessalonicenses que já testemunham uma fé operosa, um amor capaz de sacrifícios e uma firme esperança (1,3), enquanto aguardam a vinda do Senhor. Mas, embora estejam vivendo de forma agradável ao Senhor, são chamados a progredir na vida cristã, através de um amor transbordante, comprometido com todas as pessoas. O amor mútuo e universal é o caminho da perfeição, a maneira de se manter vigilantes na espera do Senhor.


3. Atualizando a Palavra
Cristo revelou a salvação que atua já no presente e mantém firme o nosso compromisso solidário em favor da justiça. A palavra de hoje anuncia a esperança da salvação plena: “A vossa libertação está próxima”. O Senhor se manifestará de forma gloriosa para realizar plenamente o seu Reino. Nossa atitude [e de espera vigilantes, através da oração e do amor fraterno.

São Bernardo, abade (Sec. XII), num de seus sermões, dizia: “Conhecemos uma tríplice vinda do Senhor. Entre a primeira e a última há uma vinda intermediária. Aquelas são visíveis, mas, esta não. Na primeira vinda, o Senhor apareceu na terra e conviveu com os homens. Foi então, como ele próprio declara, que o viram e não o quiseram receber. Na última, todo homem verá salvação de Deus (Lc 3,6) e olharão para aquele que o transpassaram (Zc 12,10). A vinda intermediária é oculta e nela somente os eleitos o veem em si mesmos e recebem a salvação. Na primeira, O Senhor veio na fraqueza da carne; na intermediária, vem espiritualmente, manifestado o poder de sua graça; na última, virá com todo o esplendor da sua glória. Esta vinda intermediária é, portanto, como um caminho que conduz da primeira à última; na primeira, Cristo foi nossa redenção; na última, aparecerá como nossa vida; na intermediária é nosso repouso e consolação”(Liturgia das Horas, vol. I, PP 137-138).
O Senhor virá e a melhor maneira de manter a espera vigilante por meio do amor e da oração constante. A vigilância é uma atitude existencial e libertadora que se manifesta na esperança ativa, na fé no trabalho, nas relações humanas de cada dia, no compromisso com a justiça do Reino. É apelo a viver um amor universal transbordante que leva a construir um mundo novo de paz e fraternidade.

O evangelho fala de sinais no sol, na luz, nas estrelas, angústia na terra, bramido no mar e nas ondas, céu abalado, inquietações na humanidade. Palavras atuais diante do clamor pela preservação da natureza, Os países juntos podem promover um desenvolvimento sustentável, que atenda às necessidades das gerações presentes e futuras. Mas, cada pessoa é chamada a colaborar para garantir um futuro de esperança e de vida plena.

4. Ligando a Palavra com ação litúrgica
Celebramos com confiança no Senhor, cumpridor das promessas pois ele fará brotar de Davi a semente da justiça.

Neste tempo de renovação da esperança, que o Senhor nos conceda, como rezamos na oração do dia, o ardente desejo de possuir o reino celeste, acorrendo com as nossas boas obras ao encontro do Cristo que vem.

A comunidade de fé, movida pela esperança reza e clama: “venha a nós o vosso Reino”, “vinde Senhor Jesus”. Na verdade ele já está no meio de nós, mas nos comprometemos com ele para que tudo possa ser plenamente transformado, segundo o querer divino.

Na liturgia eucarística, de pé, elevamos a nossa grande ação de graças ao Senhor, sobretudo, pela entrega de Jesus, o Filho do Homem, que se entrega a nós nos sinais do pão e do vinho. E é nesta tensão do “já” e do “ainda não” que celebramos, alimentando-nos da palavra e da eucaristia, para que tenhamos coragem de erguer do chão tudo o que está abatido.

PRECES DOS FIÉIS
Presidente: Elevemos ao Pai nossos pedidos que nos faz vigilantes à espera de seu Filho Jesus.

1. Ó Vem Senhor, e faça com que tua Igreja esteja sempre vigilante a espera de tua volta no fim dos tempos. Peçamos:
Ó vem Senhor, não tardes mais, Vem saciar nossa sede de paz.

2. Ó Vem Senhor, e faça com que nossos governantes possam dar ao povo mais segurança e paz. Peçamos:

3. Ó Vem Senhor e ajude-nos a andar pela vida de coração leve e cabeça erguida. Peçamos:

4. Ó vem Senhor e ajude a nossa comunidade a se preparar com mais orações e caridade para o Natal que se aproxima. Peçamos:

(Outras intenções)

Presidente: Ó Deus, acolhei com carinho os nossos pedidos, pois ao preparar nossa Igreja para a espera do Teu Filho queremos também preparar nosso coração para viver a justiça e o direito . Por Cristo, osso Senhor.
Todos: Amém

III. LITURGIA EUCARÍSTICA
ORAÇÃO SOBRE AS OFERENDAS:
Presidente: Aproveite-nos, ó Deus, a participação nos vossos mistérios. Fazei que eles nos ajudem a amar desde agora o que é do céu e, caminhando entre as coisas que passam, abraçar as que não passam. Por Cristo, nosso Senhor.
Todos: Amém.

ORAÇÃO APÓS A COMUNHÃO:
Presidente: Recebei, ó Deus, estas oferendas que escolhemos entre os dons que nos destes, e o alimento que hoje concedeis à nossa devoção torne-se prêmio da redenção eterna. Por Cristo, nosso Senhor.
Todos: Amém.

ATIVIDADES DO BISPO DIOCESANO
DIA 01 DE DEZEMBRO – SÁBADO: Reunião da Catequese – Regional Sul 1 – residência episcopal com café e almoço

DIA 02 DE DEZEMBRO – DOMINGO: Crisma na Paróquia São Judas Tadeu – Padre Daniel – Araras -09h00; Crisma na Paróquia Santa Rita de Cássia – Padre Elcio – Artur Nogueira – 18h30min

DIA 03 DE DEZEMBRO – SEGUNDA FEIRA: Reunião dos Bispos do Sub Regional – 08h30min – Americana.

DIA 04 DE DEZEMBRO – TERÇA-FEIRA: Reunião do Conselho Episcopal, na residência episcopal em Limeira.

DIA 07 DE DEZEMBRO – SEXTA-FEIRA: Crisma na Quase Paróquia Nossa Senhora de Fátima – Padre Paulo Sérgio – 19h30mkin – Limeira.

DIA 08 DE DEZEMBRO – SÁBADO: Formatura da Escola de Teologia – 09h30min – Catedral; Crisma na Quase Paróquia Sagrado Coração de Jesus – Padre Gersivaldo - Cosmópolis – 19h30min.

DIA 09 DE DEZEMBRO – DOMINGO: Crisma Setor Santa Terezinha - padre Pedro – Araras – 10h00; Crisma na Paróquia Nossa Senhora do Brasil – Padre Jeferson – Americana – 18h30min

BÊNÇÃO E DESPEDIDA:
Presidente: Que o Deus onipotente e misericordioso vos ilumine com o advento do seu Filho, em cuja vinda credes e cuja volta esperais, derrame sobre vós as suas bênçãos.
Todos: Amém.

Presidente: Que durante esta vida Ele vos torne firmes na fé, alegres na esperança, solícitos na caridade.
Todos: Amém.

Presidente: Alegrando-vos agora para a vinda do Salvador feito homem sejais recompensados com a vida eterna, quando vier de novo em sua glória.
Todos: Amém.

Presidente: (Dá a bênção e despede a todos com carinho)

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Animação Biblica catequetica - Arquidiocese de Sant`_Ana de Botucatu

Estimado irmão no Sacerdócio
Desde janeiro de 2012 assumi como Presidente, a Comissão 4 de nossa Arquidiocese. Após ter ouvido a Equipe Arquidiocesana e outros catequistas e com a aprovação de Dom Maurício Grotto de Camargo resolvemos implantar a Escola Catequética Arquidiocesana. Esta Escola terá início em 2013, (em anexo a programação). As aulas quinzenais serão ministradas por mim e por outros sacerdotes de nossa Arquidiocese sempre aos sábados 08h00 às 12h00 de 15 em 15 dias por um ano e meio no Centro Pastoral em Botucatu.
Nosso objetivo é formar um grupo de catequistas que receberão o Ministério do Catequista. Este grupo fará parte da Equipe Arquidiocesana. Assim que concluírem o Curso estarão aptos a formar novos grupos nas RPs.
Temos 80 vagas disponíveis, sendo 20 para cada regional. Cada paróquia terá uma vaga garantida, as demais vagas que sobrarem deverão ser ocupadas conforme critério da Escola Catequética Arquidiocesana. Cada Pároco, se desejar, poderá indicar outros catequistas. Obviamente o critério de escolha final fica ao cargo da Equipe Arquidiocesana. A matrícula deve ser feita até dia 15/12 com cada Coordenador Regional da Catequese.
Condições para Matrícula:
Batismo, Crisma e Eucaristia
Xerox certificado 2º Grau ( Caso não tenha, Carta de justificativa do Pároco)
Carta de Apresentação da Pároco
01 Foto 3x4
Xerox RG
Taxa de Matrícula – R$ 30,00
           Mensalidade – R$ 15,00
Atenciosamente,
Pe. Adauto José Martins



Anexo
ESCOLA CATEQUÉTICA - 2013
FEVEREIRO – 02 E 16
MARÇO – 02 – 16
ABRIL – 06 – 20
MAIO – 04 – 18
JUNHO – 01 – 15 – 29
JULHO  - RECESSO
AGOSTO – 03 – 17 – 31
SETEMBRO – 14 – 28
OUTUBRO – 05 – 19
NOVEMBRO – 09 – 23
DEZEMBRO – 07
                                                                                                                            



quinta-feira, 1 de novembro de 2012

DIOCESE DE LIMEIRA – 31º DOMINGO TEMPO COMUM – ANO B
SOLENIDADE DE TODOS OS SANTOS E SANTAS
04 DE NOVEMBRODE 2012



“Não se manifestou ainda o que havemos de ser”

Leituras: Apocalipse 7, 2-4.9-14; Salmo 23 (24); Primeira Carta de João 3, 1-3; Mateus 5, 1-12a.

COR LITÚRGICA: Branco.
Animador: A celebração de hoje nos fala de duas realidades: a do céu e a da terra, que nos conduz à santidade. Como nós estamos a caminho para a eternidade é importante nos perguntarmos sobre nossa vida de santidade ainda neste mundo, pois um dia estaremos vivendo mergulhados na santidade divina, no céu.
1. Situando-nos brevemente
Estamos no primeiro domingo do mês de novembro. No Brasil, a solenidade de todos os santos e santas de Deus é transferida para o domingo, para que todos os cristãos possam hoje celebrar sua vocação para a santidade.

No último domingo, tivemos o segundo turno das eleições em algumas cidades. A partir de agora, vivemos, no contexto municipal, um novo momento político, perante o qual, como comunidade, somos sinal de unidade, pela qual todos são convidados a tomar consciência de que somos parte de um mesmo povo. É hora de superar e esquecer divisões que possam ter ocorrido em tempo de campanha.

Ainda temos presente o dia de Finados, que celebramos na última sexta-feira, através do qual somos levados a vivenciar a comunhão dos Santos que professamos na fé.

A solenidade de Todos os Santos e Santas de Deus, que celebramos neste domingo, nos lembra que o chamado à santidade é uma proposta a todos os fiéis para buscarem o seguimento do caminho do Senhor e para esperarem pela sua ação redentora, testemunhada através da Igreja.

A liturgia destes dias está, de certa maneira, unida à reflexão escatológica que os domingos que seguem nos apresentam. Aqui, com certeza, não se trata de uma especulação sobre o futuro e sim de uma esperança viva que se experimenta a partida da fé.

2. Recordando a Palavra
O evangelho traz para nossa meditação a vocação à santidade partindo da proclamação das bem-aventuranças.

As bem-aventuranças dentro do Evangelho de Jesus integram a proclamação da nova aliança, da nova Lei. Através dela Jesus introduz o cumprimento da justiça de Deus e o anúncio de seu Reino entre nós.

O evangelho diz que Jesus, para proclamar as bem-aventuranças, subiu à montanha. É preciso lembrar que, no contexto bíblico judaico, “montanha” é o lugar onde Deus se manifesta e fala com Moisés e ainda o lugar onde Deus confiou os dez mandamentos (a Lei) a Moisés.

O evangelho fala que, na montanha, Jesus “sentou-se”. “Sentar” significa que Jesus é mestre, ensina com autoridade. Esta autoridade se confirma no evangelho, porque ele mesmo vive as bem-aventuranças e nele elas se cumprem.

A nova lei, proposta por Jesus, é apresentada aos discípulos, que “se aproximaram” e junto dele estão para escutar seus ensinamentos. O discípulo que está na montanha junto ao mestre participa desta realidade nova, ao ser destinatário da proclamação e convocado a testemunhar a ação de Deus. Isto é, os discípulos são proclamados felizes, quando se fazem testemunhas de Jesus, em particular quando perseguidos por causa de seu nome.

O contexto de perseguição e adversidade ao qual aquele que se faz discípulo está sujeito, conforme a última bem-aventurança anunciada, aproxima o discípulo ainda mais do seguimento ao mestre.

Os bem-aventurados, de acordo com o evangelho, cumprem seu caminho a partir da fé e da esperança.

As promessas das bem-aventuranças anunciam a presença do Reino que já se cumpriu através da ação redentora de Jesus. Por isso, para o discípulo, mesmo como promessa, pela fé abraçada no seguimento de Jesus, torna-se uma realidade atual e confere-lhe um estado do bem-aventurado. A acolhida e a vivência da bem-aventurança é o lugar a partir do qual, no seguimento de Jesus, Deus realiza seu Reino.

O conteúdo da proclamação do Reino, a proposta das bem-aventuranças, tem como tema central a justiça do Reino. As bem-aventuranças são assim um juízo de Deus sobre os homens, tornando justos e felizes os que acolhem o reino na fé e o realizam a partir do seguimento a Jesus.

A proclamação das bem-aventuranças apresenta a ação de Deus que santifica e torna felizes, isto é, leva a participar de seu Reino aqueles que estão destituídos da vida e da dignidade humana e aqueles cuja prática promove a justiça.

O programa das bem-aventuranças propõe, pois, através do conteúdo da promessa, uma ligação entre a primeira e a última. Em ambas se estabelece a vivência da fé como condição para possuir o estado de bem-aventurado.

Na primeira, a condição da fé aparece em “felizes os pobres em espírito”, como despojamento diante dos valores do mundo: dinheiro, poder e prazer. Na última, a condição da fé aparece como seguimento e testemunho de Jesus e de sua obra, ao dizer: “felizes sereis quando vos perseguirem por causa do meu nome”.

A partir desta fé, Jesus leva o discípulo a testemunhar a ação de Deus que cumpre a justiça para com “os aflitos”, “os despossuídos” e “aqueles que têm fome e sede de justiça”, como parte de uma promessa de libertação para a humanidade.

É Deus que se solidariza com o gênero humano da mesma forma como no Egito, quando libertou o povo da escravidão. A santidade aqui aparece como pura graça de Deus, como ação de Deus que santifica e restitui a vida.

A mesma realidade podemos afirmar a partir das promessas que Deus fez por meio de profetas, anunciando seu messias.

O discípulo pode ainda experimentar a ação de Deus que justifica, santifica, torna felizes aqueles cujas ações concretizam a prática da justiça esperada por Deus. Assim, Jesus apresenta como ditosos “aqueles que prestam ajuda”, “os limpos de coração” e “aqueles que promovem a paz”.

Enquanto buscamos viver as bem-aventuranças, temos o testemunho daqueles que alvejaram a veste no sangue do Cordeiro, o que se constitui num vivo apelo ao testemunho (martírio). O destaque que a leitura do Livro do Apocalipse atribui aos eleitos que deram testemunho do seguimento ao Senhor com suas vidas, perante todos os demais eleitos, é um vivo apelo à santidade, através da fidelidade e da entrega radical da vida nas mãos de Deus.

3. Atualizando a Palavra
Na festa de Todos os Santos, celebramos a vida daqueles que estão na glória com o Senhor e nossa comunhão de vida e de fé com eles, através de Jesus, em quem todos fazem parte de uma mesma Igreja, Corpo Místico, e de um mesmo mistério pascal que se atualiza em cada Eucaristia.

Nesta festa de Todos os Santos, queremos refletir sobre a ação de Deus que nos santifica, contemplando aqueles que já trilharam este caminho aqui na terra e hoje estão na glória. Esta festa nos lembra, em especial, que, como cristãos, devemos ter a esperança de um dia estar com ele nesta mesma glória. Assim proclamamos que Jesus é o caminho que nos leva a participar da mesma bem-aventurança.

A leitura do Apocalipse mostra que a santidade abrange uma multidão, gente de todos os povos, línguas e nações. Nesta festa, queremos exaltar a força e a ação de Deus que os levou à santidade, para assim podermos também nós participarmos, com esperança renovada, desta verdade que os céus nos dão.

Ao refletirmos sobre a santidade proposta na liturgia da Palavra deste domingo, somos levados a dizer que Jesus se fez fonte e modelo de santidade, pois nele as bem-aventuranças encontram realização.

As bem-aventuranças nos ajudam a ver e conhecer o rosto de Jesus, isto é, a descobrir a santidade de Deus proposta para a humanidade e a tomar parte nela. Elas ajudam também a mostrar para onde o olhar de Deus se dirige e qual a vontade de Deus a ser buscada, para que se realize seu Reino.

O programa de vida que enuncia as bem-aventuranças é o caminho do discípulo para conhecer Jesus na intimidade e, ao mesmo tempo, para segui-lo, isto é, tomar parte na realização do Reino de Deus e de sua justiça entre nós.

A santidade que Jesus nos apresenta e proclama, a partir da ação de Deus no mundo, é, em primeiro lugar, graça em que Deus restitui vida e realiza a justiça. Em segundo lugar, é tarefa pela qual Deus confirma a ação daqueles que colaboram com a realização de seu reino, promovendo o perdão e a paz para todos.

A santidade, assim, está longe de ser uma prática ritual vazia. Ela é um efetivo e íntimo convívio e conhecimento do Senhor e de sua vontade, para o serviço eficaz aos irmãos.

No contexto do Evangelho de Mateus e das bem-aventuranças, Deus espera de seu povo a prática da justiça, mas não qualquer justiça e sim aquela cuja ação devolve esperança e vida. Nestas ações, estão em destaque aquele que busca ser limpo de coração, sem segundas intenções, e aquele que é fonte de perdão, pois estes colaboram para que haja paz, shalom, o bem maior do Reino.

A santidade em Deus não é pietismo ritualista mas ação de Deus em favor da vida. A santidade de Deus, presente no meio do povo e apresentada por Jesus no evangelho, confirma a fé daqueles que, contra as certezas do mundo, pautam sua ação pelo cumprimento das promessas do Senhor e pela realização de seu Reino.

Para nos abrirmos a este caminho de santidade no seguimento de Jesus, devemos hoje ser sensíveis aos apelos daqueles que são os aflitos, os desprovidos, os que têm fome e sede de justiça, para lhes sermos anúncio vivo, sinal da presença de Deus entre nós.

A palavra de Deus, especialmente através das bem-aventuranças, é critério para avaliarmos nossas práticas espirituais, devoções e participação na comunidade. A vida de santidade, que hoje celebramos na festa de Todos os Santos, é comunhão destes no Senhor e realização das bem-aventuranças em suas vidas, como cumprimento do Reino definitivo.

Perguntemo-nos: nossa prática de fé e busca de santidade conseguem nos despertar para a vida e para as necessidades dos irmãos? Onde o nosso compromisso com os outros consegue fazer parte de nossa oração e busca de Deus?

4. Ligando a Palavra com a Ação Eucarística
Na Prece Eucarística II, assim rezamos: “Na verdade, ó Pai, vós sois santo e fonte de toda a santidade!” Isto depois de termos cantado solenemente; “Santo, Santo, Santo, Senhor Deus do Universo”.

Na Sacrosanctum Concilium n.8, encontramos uma bela reflexão sobre a unidade da Igreja peregrina e da Igreja Celeste, que acontece em cada celebração litúrgica: “Na liturgia terrena nós participamos, saboreando-a já, da liturgia celeste, que se celebra na cidade santa de Jerusalém, para a qual nos encaminhamos como peregrinos, onde o Cristo está sentado à direita de Deus, qual ministro do santuário e do verdadeiro tabernáculo; com toda a milícia do exército celeste entoamos um hino de glória ao Senhor e, venerando a memória dos santos, esperamos fazer parte da sociedade deles; esperamos pelo Salvador, nosso Senhor Jesus Cristo, até que ele, nossa vida, se manifeste, e nós apareceremos com ele na glória”.

Enfim, em cada celebração eucarística somos convidados a participar do banquete nupcial, da ceia do Cordeiro imolado. Um dia, no céu, participaremos, com todos os anjos e santos, desta mesma Ceia, não mais com o Pão e o Vinho, mas na presença, face a face, de Jesus.

A mesa do altar é “a mesa dos peregrinos”, conforme rezaremos na oração após a comunhão.

Oração dos fiéis:
Presidente: Irmãos e irmãs, elevemos ao Pai todo-poderoso nossas orações por meio de nossos intercessores no céu, cantando:
Solo - Kyrie eleison.
Todos - KYRIE ELEISON
Solo - Christe eleison
Todos - CHRISTE ELEISON
Solo - Kyrie eleison
Todos - KYRIE ELEISON
1- Santa Maria mãe de Deus. Rogai por nós!
São Miguel... Rogai por nós!
Santos Anjos de Deus. Rogai por nós!
São João Batista - Intercedei por nós!
2- São José
São Pedro e São Paulo
Santo André
São João
3- Santa Maria Madalena
Santo Estevão
Santo Inácio de Antioquia
São Lourenço
4- Santas Perpétua e Felicidade
Santa Inês
São Gregório
Santo Agostinho
5- Santo Atanásio
São Basílio
São Martinho
São Bento
6- São Francisco e São Domingos
São Francisco Xavier
São João Maria Vianney
Santa Catarina de Sena
7- Santa Teresa de Jesus
Santa Teresa de Ávila
Santos Mártires de nossos tempos
Todos os Santos e Santas de Deus
8- Sede-nos propício. Ouvi-nos Senhor!
Para que nos livreis de todo mal! Ouvi-nos Senhor!
Para que nos livreis de todo o pecado! Ouvi-nos Senhor!
Para que nos livreis da morte eterna! Ouvi-nos Senhor!
9- Pela vossa encarnação!
Pela vossa ressurreição!
Pela efusão do Espírito Santo!
Apesar de nossos pecados!



Presidente: Senhor, que tua mão proteja, purifique e sustente o teu povo que te suplica e, confortado na vida presente, possa caminhar para os bens futuros. Por Cristo, nosso Senhor.
Todos: Amém.

III. LITURGIA EUCARÍSTICA
ORAÇÃO SOBRE AS OFERENDAS
Presidente: Possam agradar-vos, ó Deus, as oferendas apresentadas em honra de todos os Santos.
Certos de que eles já alcançaram a imortalidade, Esperamos sua intercessão contínua pela nossa salvação. Por Cristo, nosso Senhor.
Todos: Amém.

ORAÇÃO APÓS A COMUNHÃO
Presidente: Ao celebrarmos, ó Deus, todos os Santos, nós vos adoramos e admiramos, porque só vós sois o Santo, e imploramos que a vossa graça nos santifique na plenitude do vosso amor, para que, desta mesa de peregrinos, passemos ao banquete do vosso reino. Por Cristo, nosso Senhor.
Todos: Amém.

ATIVIDADES DO BISPO DIOCESANO
DIA 03 DE NOVEMBRO – SÁBADO: Programa na Radio Magnificat; Crisma na Paróquia São Benedito – Padre Vilson – 19h30min.

DIA 04 DE NOVEMBRO – DOMINGO: Crisma na Comunidade Nossa Senhora do Calvário – 09h00 – Padre Ricardo Araújo – Cosmópolis; Crisma na Quase Paróquia Nossa Senhora das Graças – Padre Deivison – Araras – 19h00.

DIA 05 DE NOVEMBRO – SEGUNDA-FEIRA: Reunião com os bispos da Sub Região Campinas.

DIA 06 DE NOVEMBRO – TERÇA-FEIRA: Reunião do Conselho Episcopal – 08h30min; Missa – 15 anos da Paróquia São Jorge – Padre Itamar – Nova Odessa.

BÊNÇÃO E DESPEDIDA
Presidente: Deus, glória e exultação dos santos, que hoje celebramos solenemente, vos abençoe para sempre.
Todos: Amém.

Presidente: Livres por sua intercessão dos males presentes e inspirados pelo exemplo de suas vidas, possais colocar-vos constantemente a serviço de Deus e dos irmãos.
Todos: Amém.

Presidente: E assim, com todos eles, lhes seja dado gozar a alegria da verdadeira pátria, onde a Igreja reúne os seus filhos e filhas aos santos para a paz eterna.
Todos: Amém.

Presidente: (Dá a bênção e despede a todos)

Canto final.