segunda-feira, 29 de outubro de 2012

A espiritualidade do catequista mistagogo

A Espiritualidade do catequista mistagogo
“Fala Senhor ! Teu servo escuta’ (1Sm3,10)
A espiritualidade do ser humano é o conjunto de tudo o que ele é.
“O espírito de uma pessoa é o profundo e dinâmico de seu próprio ser, suas motivações maiores e ultimas, seu ideal, sua utopia, sua paixão, a mística pela qual vive e luta e com a qual contagia”,
A espiritualidade torna o ser humano capaz de Deus, parceiro que dialoga em condições de reciprocidade. “Deus e a pessoa são como cúmplices. Compromete e envolve todo o seu ser : atitude pedagógica”.
O díscipulo do catequista, originado no batismo, o habilita a se colocar na escola do Mestre, capacitando-o como porta-voz (CT 6), selando uma profunda comunhão (CT 9), inspirado pelo Espirito Santo, deixa-se guiar por Ele(CT 72), é alegre na missão (CT 56), enusiasmado e corajoso (CT 62), vive uma intimidade com a Trindade, e participa da plenitude do seu amor.
É na vida de oração e a freqüência aos sacramentos que permitirão o alcance da maturidade espiritual.
Destacamos a seguir algumas dimensões que devem ser consideradas na Vicência de uma espiritualidade autêntica.
1-Oração
O catequista deve ser  um protagonista da sua comunidade. Como chamado e enviado encarna a grande missão de servir a comunidade a qual pertence. É através de uma consciência comunitária e eclesial que vai capacitando outros para a construção do Reino de Deus. O testemunho de seguimento se dá na corresponsabilidade comunitária.
  O reconhecer-se membro de uma comunidade desperta a necessidade de rezar, pois, a oração, se torna uma necessidade e capacita o catequista para:
a-      Entender-se como pessoa humana em relacionamento com Deus;
b-      Entender  a realidade que o rodeia, a diversidade, as diferenças e os dons;
c-      Compreender sua condição laical e seu papel na Igreja, na família e no trabalho.
d-      Transformar o cotidiano em espaço para encontrar-se com Deus
O cultivo de uma espiritualidade autêntica capacita o catequista a reconhecer que sua catequese não é uma mera doutrina, nem mesmo um passar conhecimentos, mas um testemunho de força transformadora que brota do amor trinitário que se torna efetivo na vida dos interlocutores pelo poder do Espirito Santo.
2- Liturgia
O mistério de Cristo anunciado na catequese, isto é, o SABER CATEQUÉTICO, é quem nos fornece elementos necessários para a compreensão daquilo que celebramos ao dar-lhe sentido e significado. Sua assimilação se dá  através da ritualidade, do simbolismo, do ritmo que a liturgia imprime pelo seu caráter mistagógico, ou seja, imprime uma  sintonia  entre a fé, a celebração e a vida.
Desta forma, torna-se essencial uma vivência e freqüência  litúrgica, que vai capacitando o catequista no processo de santificação, abrindo horizontes para a compreensão cada vez maior de si mesmo e seus interlocutores.
 O aspecto litúrgico da formação iniciatica do catequista deve considerar :
1-      A centralidade do Mistério Pascal que a liturgia traz em seu bojo, fundamental para sua vida cristã:
2-      A rememorização da História da Salvação, que possibilita o ser humano a acessibilidade às coisas do alto;
3-      A força do Espirito Santo que possibilita pela  liturgia, o exercício do sacerdócio de Cristo.
Assim sendo a liturgia se torna fonte inesgotável de(a) catequese, que brota da riqueza de conteúdos e de sua síntese como fonte e ápice da vida cristã (cf.SC 10).
Na liturgia da Igreja se encontra a síntese, o núcleo e a globalidade da vida do cristão.


Leitura Orante da Palavra de Deus

Para compreender o mistério de Cristo, é necessário o compromisso da Leitura Orante, assumido  e realizado constantemente na vida do catequista mistagogo. É esse aliemnto que o prepara para ser um discípulo missionário, um entusiasta anunciador do evangelho.
  Portanto, uma formação iniciática, que tem por base a Palavra de Deus, acolhida e meditada, rezada e estudada contribuirá  para um sólido e fecundo processo formativo do catequista. É importante , no entanto, compreender  que o objetivo último da Leitura Orante não é interpretar a Bíblia, mas interpretar a vida e encontrar-se com Deus que nos fala hoje, na realidade do mundo em que vivemos. Isto nos faz crescer na fé e a experimentar, cada vez mais, que “Vivo é o Senhor, em cuja presença estou!” (Rs 17,1; 16,15).
 Para que possamos motivar e ensinar aos outros a fazer Leitura Orante:
·         Nós mesmos devemos ser os primeiros a ouvir e praticar a Palavra de Deus.
·         Fazemos a Leitura Orante comunitária. A partilha da fé e da Palavra é essencial no processo da formação iniciatica dos catequistas.
Do jeito de Maria devemos empenhar-nos em cultivar nosso relacionamento com Deus em tal medida que ele se torne para nós fonte diária de renovado dinamismo espiritual e apostólico. Essa vitalidade nos tornará  ousados a despeito de nossas limitações, aceitando  os mistérios da vida com muita  confiança, abertura e generosidade. Quanto mais nossa catequese for inspirada pela espiritualidade mariana, mais amorosa ela será.

    Conversando no grupo de catequistas
a)      Uma das características do catequista mistagogo é a intimidade com Deus  expressa em oração e celebração tendo por base a Palavra de Deus. Que tempo você dedica para a intimidade com Deus através da oração?
b)      Partilhe no grupo sua experiência de oração.



                            Tirado do VII Sulão de Catequese
                    Mistagogia :  Novo Caminho Formativo de Catequistas

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